É com imenso orgulho que compartilho mais uma conquista na minha trajetória como escritora. O que nasceu como um sonho também carregava as inquietações de uma menina negra, periférica, apaixonada por leitura, mas que não se via representada nos livros escolares — onde raramente apareciam personalidades negras que escreviam com maestria.
Ao adentrar o universo editorial, mais do que publicar minhas próprias histórias, nasceu em mim o desejo de transformar essa realidade. Quis contribuir para que essas vozes — tão potentes e esquecidas — também estivessem presentes nos livros pedagógicos, lado a lado com a literatura que sempre admirei. Foi assim que juntei “a fome com a vontade de comer”: unindo a Literatura Clássica à Literatura Periférica.
E consegui. Eu disse que um dia alguém iria me ouvir. E, enfim, me ouviram.